
Aqui é História
O Canal Aqui é História estreou em 25 de janeiro de 2021. Com a finalidade de contar História através de pílulas bem humoradas.Os 5 temas sobre a história do mundo foram selecionados e abordados nos vídeos de maior audiência no YouTube ao longo do ano. Nosso objetivo aqui é contar História de forma leve, apresentando curiosidades que motivem o leitor a pesquisar e se aprofundar.Esperamos que essas pílulas te despertem para esse universo rico e fascinante que é a História!
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AKHENATON, FARAÓ DO EGITO
Egito Antigo, época dos Faraós e dos ídolos. Um conflito político mudaria a religião, proibindo os vários deuses e inaugurando o culto à Aton, deus único e provedor do mundo! O Faraó Amenófis IV estava tendo problemas com a elite de sacerdotes do culto ao deus Amon. Autônomos e influentes, esses sacerdotes peitavam o poder do líder egípcio quando uma reforma até então impensável marcou a história do Egito!Amenófis IV abandonou o tradicional panteão com quase 2 mil deuses e proclamou que o Egito adoraria um único deus, Aton, mudando seu nome para Akhenaton: “a glória de Aton“. Dá pra imaginar o impacto?
É fato que os sacerdotes se enfraqueceram, mas também é óbvio que o povo, fiel aos deuses por séculos, resistiram à novidade. Como toda estrutura política girava em torno da religião politeísta (com diversos deuses), a mudança não foi simples. Muito menos duradoura.
O novo deus era o disco que contornava o Sol. E apenas o Faraó e sua esposa, Nefertiti, eram representantes do divino na Terra. Imagens mostravam os raios solares do círculo iluminando o casal. Exércitos do faraó se empenharam nessa questão, esquecendo outros problemas como a defesa de territórios. Ou seja, crise profunda às margens do Rio Nilo.
Akhenaton morreu 17 anos depois de ter assumido o poder. E é claro que o politeísmo foi reestruturado pelo seu sucessor (acredita–se que seu filho, Tutancâmon). Muitas referências ao Faraó monolatra (que adorava um único deus) foram apagadas – já que a tradição dizia que o nome apagado mataria um homem pela segunda vez.
https://www.youtube.com/watch?v=Ptlo549achk&t=109s
A DEMOCRACIA
Conquista dos dias de hoje, tradição que vem de longe. Democracia! O Regime em que a soberania é exercida pelo povo! A Democracia é uma herança da Grécia Antiga. Por volta de 510 a.C., Clístenes fez uma reforma que instituiu o regime onde os cidadãos comandavam a vida da pólis (cidade–estado). E qual pólis? Atenas.
Atenas foi dividida em “demos“, unidades onde os cidadãos se inscreviam e garantiam sua participação política. Mas quem eram os cidadãos? Homens. Mulheres não faziam política.Escravos não faziam política. Maiores de 21 anos. Jovens não faziam política. E nascidos em Atenas com pais atenienses. Estrangeiros, ainda que bem–vindos à pólis, não faziam política. Ou seja, pouquíssimas pessoas eram cidadãs.Não era uma democracia universal. Universal como é o nosso regime democrático, onde todo mundo é cidadão, vota e participa. Aliás, a participação na nossa democracia também é diferente.
Lá na Grécia os cidadãos faziam política de forma direta, falavam por si. Por aqui, temos uma democracia representativa. Ou seja, elegemos representantes que vão ao parlamento e discutem as leis em nosso nome. Por isso é tão importante votar bem para cargos legislativos. Eles estão ali para falar por nós!
A ASCENSÃO DE HITLER
Como começa uma tragédia? Como Adolf Hitler, o terror da História do século XX, chegou ao poder?
A Alemanha pós Primeira Guerra não ia nada bem. Em 1919, pelo Tratado de Versalhes, o país sofreu várias penalidades e foi responsabilizado pelo conflito. Resultado: crise. A inflação chegou a picos jamais vistos. Pessoas saíam de casa com carrinhos cheios de dinheiro para fazer suas compras, já que a moeda não valia quase nada.
A inflação era tão absurda que um cafezinho podia,em horas, valer dez vezes mais do que valia! Um plano econômico contornou o caos. Mas a crise – que veio com a Quebra da Bolsa de NY, em 1929 – acendeu um sinal de pânico. Então, um partido ultranacionalista, contrário às limitações do Tratado de Versalhes e com discurso de mudança cresceu. Era o Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães – o partido dos Nazistas. Em 1932 os nazistas já eram maioria no Reichstag (Parlamento).
E Hitler, expoente do movimento, sonhava com o cargo de Chanceler (líder do governo) – que conquistaria em 1933. Naquele mesmo 1933 o parlamento pegou fogo. Comunistas e opositores de Hitler foram responsabilizados por esse “ato contra a instituição”. Foi a deixa para o Chanceler alardear que o regime precisava endurecer para impor limites. No ano seguinte, o presidente Paul Hindenburg morreu. E um plebiscito deu amplos poderes à Hilter. Começava a tragédia que levou à Segunda Guerra Mundial.
A LUTA DE ROSA PARKS
Aconteceu na cidade de Montgomey, Alabama. O dia era 1o de dezembro de 1955. A protagonista: uma mulher em torno dos 40 anos: Rosa Parks.
Leis ainda institucionalizavam o racismo. Nos ônibus de Montgomery, desde 1900, as fileiras da frente eram reservadas aos brancos. Os negros só podiam sentar do meio para o fundo. Naquele dia 1°, Rosa Parks entrou no Ônibus quando ele ainda estava vazio. Pagou a passagem, sentou-se na última fileira destinada aos negros e ali permaneceu até que, após algumas paradas, o veículo lotou.
Percebendo que alguns brancos estavam de pé, o motorista determinou que a fileira em que Rosa estava sentada fosse desocupada. Alguns passageiros se levantaram. Rosa, não. Chamaram a polícia, ela manteve sua postura. Não era correto ela ter que ceder seu lugar. Acabou presa. No dia seguinte, a Associação Nacional para o Progresso de Pessoas de Cor pagou fiança e a libertou. Mas entendeu que o caso poderia servir de mote para uma profunda mudança.
Dias depois, começou um boicote. Mais de 40 mil usuários negros pararam se utilizar ônibus. Andavam a pé, pegavam carona. Mas ônibus, não! Um prejuízo e tanto para as empresas de transportes da cidade, já que o boicote durou mais de um ano! O caso chegou à Suprema Corte que, em novembro de 1956, tornou a segregação nos transportes inconstitucional em todo país.
Dias depois, Martin Luther King (pastor conhecido pela militância da causa negra) e Glen Smiley (um sacerdote branco) entraram juntos em um ônibus e, lado a lado, ocuparam a primeira fila. Aquele absurdo tinha acabado! Mas, infelizmente, ainda estamos distantes do fim do racismo. Seja nos EUA, seja no mundo…
A CRISE DOS MÍSSEIS
Em 1962, por alguns dias, o mundo esteve à beira de uma guerra. Uma guerra nuclear que poderia dizimar boa parte da população. Naquele momento, estávamos no auge da Guerra Fria. Estados Unidos e União Soviética viviam um embate que, devido à presença de mísseis em Cuba, poderia chegar às vias de fato.
Cuba, uma pequena ilha localizada bem próxima dos Estados Unidos, estava alinhada à União Soviética. Sob o comando de Fidel Castro, o governo cubano enfrentava inúmeros planos arquitetados para retirá-lo do poder. Assim, em 14 de outubro de 1962, aviões espiões americanos fizeram uma descoberta alarmante: mísseis soviéticos estavam instalados em Cuba. A partir daí, a crise foi deflagrada. Afinal, aqueles mísseis poderiam alcançar a capital estadunidense em menos de 15 minutos!
Diante desse cenário, o presidente John Kennedy endureceu o discurso contra Cuba e, ao mesmo tempo, começou a pressionar a União Soviética. Era urgente retirar aqueles mísseis de lá!
Por outro lado, Nikita Kruschev, líder da União Soviética, não parecia disposto a ceder facilmente. Nesse contexto, o tom entre as duas potências foi se elevando, resultando em uma queda de braço extremamente tensa. A humanidade, então, passou a viver dias de angústia, temendo acordar com bombas nucleares explodindo mundo afora.
No entanto, prevaleceu o bom senso. Kruschev apresentou sua proposta: os Estados Unidos deveriam se comprometer a não atacar Cuba e, além disso, retirar os mísseis instalados na Turquia – localizados próximos à União Soviética. Em troca, os mísseis soviéticos seriam removidos de Cuba.
Finalmente, a proposta foi aceita, e o mundo pôde dormir mais tranquilo!
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